O Demônio Familiar - José de Alencar
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Sinopse
O Demônio Familiar é uma peça teatral do escritor brasileiro José de Alencar escrita em 1857, uma comédia em quatro atos, de costumes leve.
Escrita em 1857, é considerada uma das melhores peças teatrais de José de Alencar, que a escreveu em sua mocidade. O Demônio Familiar é uma comédia em quatro atos, de costumes leve, uma peça que não oferece grandes dificuldades.
É a história de um escravo que quer casar os patrões com parceiros mais abonados e acaba sendo o capeta da trama. O castigo que ele recebe é a alforria. Fica a idéia de que o negro tem de ser tutelado. Vale lembrar que o autor era um aristocrata rural.
O romantismo das personagens, a superficialidade delas, provêm do enredo tecido em torno de uma situação inverossímil e cômica. As personagens, femininas e masculinas se enredam facilmente com as peripécias provocadas pelo criado Pedro. Tudo porque Pedro queria ser cocheiro. Para ele, que era escravo, ser cocheiro era adquirir promoção social. E o autor criava situações que somente numa peça cômica, estilo farsa, poderiam aparecer.
Prólogo
Em casa de EDUARDO. Gabinete de estudo.
CENA PRIMEIRA
CARLOTINHA, HENRIQUETA
CARLOTINHA - Mano, mano! (Voltando-se para a porta.) Não te disse? Saiu! (Acenando.) Vem,
psiu, vem!
HENRIQUETA - Não, ele pode zangar-se quando souber.
CARLOTINHA - Quem vai contar-lhe? Demais, que tem isso? Os homens não dizem que as
moças são curiosas?
HENRIQUETA - Mas, Carlotinha, não é bonito uma moça entrar no quarto de um moço solteiro.
CARLOTINHA - Sozinha, sim; mas com a irmã não faz mal.