Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro - Joaquim Manuel de Macedo
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Sinopse
Esta obra conta um pouco da história da cidade maravilhosa que discorre sobre os costumes sociais e político na fase áurea do II Império. As litografias impressas no Instituto Artístico dão uma exata noção da grandiosidade dos monumentos e ainda uma incrível visão de como a cidade do Rio de Janeiro era linda e vem sendo desfigurada até em suas belezas naturais.
Prólogo
Reli agora A Moreninha. Não me lembra senão muito vagamente
a impressão que me deixou a sua primeira leitura, isto há mais
de trinta anos; desta vez, porém, a coisa foi bem difícil. Tentei reler também O Moço Loiro, duas vezes e meia mais longo que A Moreninha:
não pude ir além da metade do primeiro volume. Tudo aquilo é oleogravura
de qualidade bastante ruim; e então os diálogos, e principalmente os diálogos de amor, emitidos em falsete, soam falso demais. Certamente, não podemos esquecer que se trata das primeiras tentativas não só do autor, como também do próprio romance brasileiro, e que tanto A Moreninha quanto o O Moço Loiro representam já um pequeno progresso em relação a tentativas anteriores – e até posteriores – de outros romancistas da fase romântica. Mas não podemos tampouco esquecer que Joaquim Manuel de Macedo pouco progrediu em relação a si mesmo. Os seus últimos romances e novelas foram escritos passados cinco lustros depois de publicada A Moreninha – e os seus méritos de romancista
não ficaram muito acrescidos com eles. Por exemplo, duas dessas novelas
– Os Quatro Pontos Cardeais e A Misteriosa – que eu não conhecia
e li agora, começam menos mal, com certa desenvoltura e com o
falsete dos diálogos apreciavelmente reduzido; mas do meio para o fim a
coisa desanda que não tem mais medida: situações forçadas, arranjos de
carpintaria, mistificações, etc., etc.