A Marquesa de Santos - Paulo Setúbal
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Sinopse
Na trilha aberta pelo livro “1808”, de Laurentino Gomes, a Geração Editorial está relançando os romances históricos clássicos do escritor paulista Paulo Setúbal, que era muito popular nos anos 30 e 40,quando vendia milhares de exemplares. O primeiro da série foi “1808-1834 – As Maluquices do Imperador”, no qual a TV Globo se inspirou para a minissérie “Nos Quintos do Inferno”. “As Maluquices” já vendeu 30.000 exemplares em pouco tempo. “A Marquesa de Santos” vai na mesma linha, e com mais apelo popular, por se tratar de uma atrevida história de amor de nosso primeiro imperador.
Prólogo
13 de janeiro de 1813. Toda a gente, na cidadezinha de São Paulo, engalanara-se com
espavento. Não houve matrona que se não enfeitasse de suas velhas jóias. Não houve moça
que se não alindasse de galantezas e tafularias. Tudo isso, tanto primor e garridice, para assistir
a um acontecimento alvoroçante, inteiramente inesperado, que viera abalar com ruído, aquela
pequenina sociedade de Província: o casamento do Alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça,
Moço Fidalgo da Casa Real, com a encantadora Domitila de Castro, última filha do Coronel João
de Castro Canto e Melo.
Por isso, no casarão da Rua do Ouvidor, onde morava a noiva, burburinhava, há dias já,
tremenda fervedura de arranjos e preparativos.
O velho João de Castro sempre se gabara de seus avós. Gloriava-se, freqüentes vezes, de ser
fidalgo de lei. A sua mulher, D. Escolástica Bonifácia, apregoava-se, também, com orgulho,
descendente dos Toledo Ribas. Eram eles, não havia dúvida, gente de sangue limpo, honrada,
com larga parentela na cidade e na Província. E ambos, no casamento da caçula, timbraram em
oferecer aos amigos bela noitada de festança grossa, com bródio e baile, que estivesse à altura
do seu sangue e do seu nome.