Escura Inocência - Antonella Pizzi
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Sinopse
Durante aproximadamente quinhentos anos Blasius Nortton vagou pelo mundo esperando encontrar a companheira predestinada a compartilhar o resto de sua sombria existência.
Em um campo afastado da cidade, a altas horas noturnas, uma menina lhe deu de presente uma rosa branca, símbolo da pureza. Mas ao olhá-la diretamente nos olhos se encontra cara a cara com seu destino. Sua companheira é a filha de seu único amigo humano, que sabe absolutamente tudo sobre seu estado.
Francesca Eve Agnes… perdeu seus pais somente a uma semana de completar a maioridade. Por meio de uma carta no testamento terá que ficar até que seja maior com o melhor amigo do seu pai… Um homem estranho, bastante jovem e extremamente sombrio… Algo muito perturbador para nossa querida Francesca.
Prólogo
Oxfordshire, Inglaterra
-Perfeito, agora o que quer? Um golpe no estômago possivelmente?
Blasius torceu seu lábio superior um pouco parecido com um sorriso e logo se deixou cair na cadeira frente à delicada mesa de chá, pertencente à esposa de seu melhor amigo Charles.
-Agora que sabe sobre meu pequeno segredo, espero que não saia correndo como uma galinha pensando que vou tomar seu sangue a qualquer momento.
-Bem.
Blasius piscou surpreso.
-Bem? Eu te digo que sou um vampiro e que vivi durante quinhentos anos e você somente me diz isso?… Bem? Ah demônios.
-Ouça, ouça; eu já te disse que somos amigos aconteça o que acontecer, não é para que te retorça enquanto lhe recordo isso. Cai-me bem Nortton, é somente isso.
-Obrigado, você também me cai bem Charles, ou isso eu acredito.
Charles se serviu de um bom copo de uísque e o tomou de um só gole.
-Droga! Por que alguma vez não me ocorreu isso? Nunca comia conosco, não se deixava ver a luz do sol e sempre andava pálido – voltou a servir outro copo e esta vez começou a bebê-lo pouco a pouco – Espero que não tenha pensado em matar a mim ou a Sarah e logo sair pela porta.
Blasius sorriu e negou com a cabeça. Não tinha a mínima intenção de fazer algo a alguém como Charles e sua esposa; voltava a repetir, era seu melhor amigo, além disso, o único conhecedor do seu segredo. Observou a janela descoberta que permitia a lenta entrada da luz da lua cheia e recostou sua cabeça ao observá-la.
-Acredita que posso explorar seu jardim?
-Claro, claro… Todo seu – disse servindo seu terceiro copo de uísque.
-Deixa de beber, Sarah se zangará se te encontrar ébrio.