Graceling - Kristin Cashore
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Sinopse
Seus olhos, Katsa nunca tinha visto tais olhos. Um era prateado, e o outro, dourado. Eles brilharam em seu rosto escurecido pelo sol, sem igual, e estranho. Ela ficou surpresa que eles não tivessem brilhado na escuridão do seu primeiro encontro. Eles não pareciam humanos...
Então ele levantou sua sobrancelha, e sua boca se moveu em uma alusão de um sorriso malicioso. Ele acenou para ela, só um pouco, e isso a libertou de sua magia.
‘Afetado’, ela pensou. ‘Afetado e arrogante, este ai, e isso era tudo o havia nele’. Qualquer que fosse o jogo que ele estivesse jogando, se esperava que ela se juntasse a ele, ele ficaria desapontado.
Em um mundo onde as pessoas nasciam com uns dons extremos – chamados a Graça – temidos e explorados, Katsa carrega uma habilidade que ela mesma despreza: a Graça de matar.
Ela vive sob o comando de seu tio Randa, rei dos Middluns, e é esperado que ela execute seu trabalho sujo, punindo e torturando quem quer que desagrade a ele.
Quando ela conhece o príncipe Po, que é agraciado com a habilidade de combate, Katsa não tinha idéia de como sua vida estava prestes a mudar.
Ela nunca esperou se tornar amiga de Po.
Ela nunca esperou aprender uma nova verdade sobre sua própria Graça – ou sobre um terrível segredo que está escondido tão longe... Um segredo que poderia destruir todos os sete reinos com apenas uma palavra.
Prólogo
Nestas masmorras a escuridão era completa, mas Katsa tinha um mapa em sua mente. Um que tinha provado até agora estar correto, como os mapas de Olls tendem a ser. Katsa correu sua mão ao longo das paredes frias e portas e passagens enquanto ela ia. Virando quando era a hora de virar, parando finalmente antes de uma abertura que conteria uma escada ascendente. Ela se agachou e sentiu a frente com suas mãos. Havia um degrau de pedra, úmido e escorregadio com musgo, e outro abaixo dela. Então esta era a escadaria de Oll. Ela só esperava que quando ele e Giddon a seguissem com suas tochas, eles vissem o musgo, fossem com cuidado, e não acordando os mortos pelo precipitado ruído dos passos.
Katsa esgueirou-se pela escada. Uma virada a esquerda e duas viradas a direita. Ela começou a ouvir vozes enquanto entrava em um corredor onde a escuridão tremeluzia com o laranja da luz de uma tocha fixada em uma parede. Do outro lado da tocha estava outro corredor onde, de acordo com Oll, em qualquer lugar dois a dez guardas deveriam estar vigiando, diante de uma determinada cela no fim do corredor.
Estes guardas eram a missão de Katsa. Foi para eles que ela tinha sido enviada primeiro.
Katsa arrastou-se em direção a luz e ao som das risadas. Ela podia parar e escutar, para ter a melhor noção de quantos ela enfrentaria, mas não havia tempo. Ela puxou seu capuz para baixo e oscilou em um canto do corredor. Ela quase tropeçou em suas primeiras quatro vítimas, que estavam sentadas no chão em frente um do outro, suas costas contra a parede, pernas esticadas, o ar espesso com qualquer que fosse a bebida forte que eles tinham trazido aqui embaixo para passar o tempo enquanto eles vigiavam. Katsa chutou e golpeou as têmporas e pescoços, e os quatro homens caíram juntos no chão antes que o espanto tivesse se registrado em seus olhos.