Túneis de Sangue (Tunnels of Blood) - Darren Shan
Sinopse
As primeiras semanas de Darren Shan como assistente de vampiro foram terríveis. Vivia atormentado por pesadelos e se recusava a beber sangue humano. Mas essas sensações desagradáveis pertenciam ao passado. Ele aceitou bem o seu papel e passou a desempenhá-lo da melhor forma possível.
No coração de Darren, desde o encontro com Débora, a menina morena, com cabelos longos e negros, só havia espaço para o amor. Ele estava apaixonado, e sabia que perto dela podia ser quase um garoto comum.
Mas estranhos assassinatos mudaram a rotina aparentemente tranqüila daquele insólito grupo de viajantes. Corpos foram encontrados pela polícia em diversos pontos da cidade. Em todos, era como se o sangue das pessoas tivesse sido sugado. Tinha que ser o Sr. Crepsley... o modo estranho dele agir, tudo se encaixava. A verdade, entretanto, estava longe de ser tão simples.
A saga de Darren Shan é sucesso em vários países, estando inclusive na lista dos mais vendidos do The New York Times. Na Inglaterra recebeu indicação para o Whsmith Children's Book of the year e para o Sheffield Children's Book of the year.
Prólogo
O cheiro de sangue é enjoativo. Centenas de carcaças dependura¬das em ganchos prateados, rígidas, brilhando com o sangue con¬gelado. Sei que são apenas animais — vacas, porcos, ovelhas —, mas não consigo deixar de pensar que são seres humanos.
Cuidadosamente dou um passo à frente. Luzes fortes, no alto, significam que o lugar é claro como o dia. Tenho de andar com cuidado. Preciso me esconder entre os animais. Tenho de me mover devagar. O chão é escorregadio, coberto de água e sangue, o que dificulta mais ainda meu avanço.
Mais à frente eu o vejo... o vampiro... o Sr. Crepsley. Ele se move silenciosamente, como eu, os olhos fixos no homem gordo que está à sua frente.
O homem gordo. Por causa dele estou neste abatedouro gela¬do. Ele é o ser humano que o Sr. Crepsley pretende matar. O ho-mem que tenho de salvar.
O homem gordo pára e examina uma das carcaças dependura¬das. Seu rosto é rechonchudo e vermelho. Está usando luvas de plástico. Bate com a mão no animal morto — o rangido do gan-cho quando a carcaça balança me faz rilhar os dentes — e começa a asso¬biar. Está andando outra vez. O Sr. Crepsley o segue. Eu também.