Noite em Highland - Donna Grant
Sinopse
Gregor MacLachlan tem muito que ocultar. Não só tinha feito nome em toda a Escócia como um mercenário, mas ninguém sabia a sua verdadeira identidade como o filho de MacLachlan Laird banido de sua casa. Gregor era satisfeito com a sua vida, nunca confiar em nada e ninguém Até que ele conheceu Fiona...
Uma Sacerdotisa Druida poderosa...
Fiona Sinclair depende de uma pessoa, ela mesma. Aprendeu cedo que estava sozinha no mundo, um mundo que teve suas irmãs e pais.
A chamada para o Vale dos Druidas ainda é forte e é responsável pela morte deseu pai.
Há apenas um homem que pode ter certeza de chegar ao Vale, mas pode pagar o preço que exige Gregor, quando isto significa deixar a sua liberdade e seu coração?
Prólogo
Castelo Sinclair, Highlands
Fevereiro 3, 1607
–Anda depressa – urgiu Fiona a sua irmã maior, Moira.
Moira se deteve e girou tão rapidamente que a chama da vela que sustentava por pouco alcança a Fiona na cara.
–Se não te calar volto para meu quarto e te deixo sozinha.
–Está bem. Prometo-te que não farei mais ruído, mas, por favor, anda depressa. Quero vê-la de novo.
«Ela» era o novo membro da família, um bebê que Fiona só tinha visto por um momento. Agora queria sentar-se e olhar o pequeno e precioso bebê tanto como quisesse. Não incomodaria a seus pais, seria mais silenciosa que um camundongo.
Tampouco lhe havia custado muito convencer a Moira para que a acompanhasse. Teria ido por sua conta, mas não gostava de andar pelos escuros corredores onde algo podia saltar sobre ela. Não é que tivesse passado alguma vez, mas nunca se sabe.
Moira se deteve de novo e a agarrou pela mão. Fiona passou diante dela. Moira não deixaria nunca de atuar como uma sabichona, mas Fiona não tinha tempo de averiguar que se propunha agora. Tinha um bebê que observar.
–Fiona, pare – sussurrou Moira ansiosamente.
Suspirou, esperando que Moira se desse conta que não tinha vontade de jogar.
–Que acontece?
–Ouvi algo, – murmurou Moira e levantou a vela sobre sua cabeça para iluminar um pouco mais o corredor.
Fiona esperou que acrescentasse algo mais, mas enquanto girava para continuar por volta do quarto de seus pais o ouviu também.
O choque de espadas.
–Algo está passando, – gritou Moira agarrando o braço da Fiona. –Vêem. Temos que ir ver nossa prima.
–Que tem que nossa irmã?
–Papai se encarregará dela e de Mãe. Vêem, – ordenou Moira e correu de volta a seu quarto.
Fiona a seguiu, sem fazer um só ruído enquanto corriam descalças. Mas ao alcançar seu quarto ouviram os gritos de suas primas. E a risada de vários homens. Não havia duvida em sua mente infantil que suas primas não sobreviveriam essa noite.
Não viu como Moira se detinha e se escondia nas sombras, enquanto ela corria para seu quarto esperando poder ajudar a suas primas, até que Moira a empurrou para trás contra a parede.
–Temos que encontrar um lugar seguro, – sussurrou-lhe Moira.
–Não podemos as deixar.
–Recorda o que disse Papai, – disse Moira com urgência. –Devemos ir aos bosques. Agora.
Fiona não entendia por que uns soldados quereriam machucar a suas primas, mas não pensou nisso enquanto Moira a arrastava. Não obedecer a seu pai não era uma opção. Manteve o ritmo de sua irmã até chegar à porta secreta que as levaria fora do castelo sem ser vistas.