Magia Negra - Christine Feehan
Sinopse
A jovem Savannah Dubrinsky era uma mestra da ilusão, uma mágica famosa mundialmente capaz de assombrar milhões de pessoas. Mas existe uma pessoa – Gregori, o escuro – que a aterroriza mais que ninguém. Aqueles frios olhos prateados e sensualidade premente provocam-lhe calafrios pela espinha, de ameaça, de desejo…
Com uma magia negra muito própria, Gregori, o implacável caçador, o curador legendário, um dos mais poderosos homens carpatianos – sussurra na mente de Savannah que ele é o seu destino. Que ela nasceu para salvar a sua alma imortal. E agora, aqui em Nova Orleans, a hora chegou de ela ser sua. De a possuir por completo. Num ritual tão antigo quanto o tempo… e sem tão sem fuga como a eternidade.
Prólogo
A noite estava viva, pulsando com o sangue de incontáveis humanos. Caminhou entre eles, sem ser visto, movendo-se com a fluida graça de um predador da selva. A essência invadia seu nariz. Roupa perfumada. Doce. Xampu. Sabão. Álcool. Drogas. AIDS. O doce e insidioso aroma do sangue. Havia muita pessoas nesta cidade. Alimento, sustento, ovelhas, presas. A cidade era a reserva de caça perfeita.
Mas se sentia bem esse dia, embora o sangue lhe sussurrasse, tentando-lhe com a promessa de força e de poder. O sedutor frenesi da excitação. Absteve-se de satisfazer seus desejos. Após tantos séculos de caminhar pela terra, sabia que as promessas sussurradas eram vazias. Já possuía força e poder, enormes, e sabia que o frenesi, embora podia ser aditivo era a mesma ilusão que proporcionavam as drogas, nos humanos.
O estádio da moderna cidade era enorme, com milhares de pessoas aglomeradas em seu interior. Passou tranqüilo pelos guardas sem duvidas. Caminhou com a segurança de que não poderiam detectar sua presença.
O espetáculo de magia estava quase finalizando e um silêncio de antecipação, fôlego contido, dominava a multidão. Sobre o cenário, uma coluna de névoa rosa surgiu do ponto onde, um momento antes, a maga estivera em pé. Misturou-se entre as sombras, seu olhar cinza claro, percorreu o cenário. Então ela emergiu da névoa. A fantasia, o sonho de todo homem. Sonho de calidas e úmidas noites. De seda. Mística, misteriosa. Uma mistura de inocência e sedução, que movia-se com a graça de uma encantada. O espesso cabelo negro azulado caía em cascata formando ondas até seus quadris. Um vestido branco de estilo Vitoriano cobria seu corpo, moldando seus empinados e turgentes seios, seu fino tórax e a estreita e diminuta cintura. Pequenos botões de pérolas desciam pela parte dianteira do vestido, aberto a partir das coxas, revelando incitantes pernas bem formadas, meticulosamente torneadas. Óculos escuros, de fabricação especial ocultavam seus olhos, mas evidenciavam e atraíam a atenção para à luxuriosa boca, os dentes perfeitos e as maçãs clássicas do rosto.