Quase Ministro - Machado de Assis
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Prólogo
Esta comédia foi expressamente escrita para ser representada em um sarau literário e
artístico, dado a 22 de novembro do ano passado (1862), em casa de alguns amigos na
rua da Quitanda.
Os cavalheiros que se encarregaram dos diversos papéis foram os Senhores Morais
Tavares, Manuel de Melo, Ernesto Cibrão, Bento Marques, Insley Pacheco, Artur
Napoleão, Muniz Barreto e Carlos Schramm. O desempenho, como podem atestar os que
lá estiveram, foi muito acima do que se podia esperar de amadores.
Pela representação da comédia se abriu o sarau, continuando com a leitura de escritos
poéticos e a execução de composições musicais.
Leram composições poéticas os Senhores: conselheiro José Feliciano de Castilho,
fragmentos de uma excelente tradução do Fausto; Bruno Seabra, fragmentos do seu
poema Dom Fuas, do gênero humorístico, em que a sua musa se distingue sempre;
Ernesto Cibrão, uma graciosa e delicada poesia - O Campo Santo; Doutor Pedro Luís -
Os voluntários da morte, ode eloqüente sobre a Polônia; Faustino de Novais, uns sentidos
versos de despedida a Artur Napoleão; finalmente, o próprio autor da comédia.