Traição - Elisa Adams
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Sinopse
Morrendo de uma doença misteriosa, Adriana não tem mais esperança de encontrar uma cura. Quando Alec, um homem que amou por anos, oferece uma solução, ela fica mais que curiosa. Adriana se sente atraída por ele desde o começo, mas, ao mesmo tempo, também o teme. Ela não percebe que Alec guarda um segredo.
Ele não é o que ela pensa que é. Ele pode curá-la, mas só vai fazê-lo em troca de algo que ele quer.
Prólogo
A solidão enviou-o a este local distante, além do ponto de retorno. Alec observou a mulher cambalear pela escuridão, andando caminho acima parecendo que ia se desintegrar em direção a sua porta da frente. Algo dentro dele se regozijou com a visão, entretanto, ao mesmo tempo, se amaldiçoou também, por tê-la convidado a vir até aqui. Uma vez que ela conhecesse seus segredos, não poderia deixá-la partir. Confessar seus segredos para um humano, já causou um desastre uma vez e ele não podia deixar isso acontecer novamente. Não pretendia trazê-la nunca, mas, eventos além de seu controle o obrigaram.
Nunca deveria ter vindo. Havia feito uma promessa há muito tempo atrás para seu pai, para ter certeza que nada aconteceria a ela, e agora, estava impedido. Todas as opções disponíveis quebrariam a promessa. Nos meses que ficou observando-a, ela se tornou sua obsessão, despertando sua mente a cada minuto e poderia apenas permanecer na tortura. Os humanos achariam a sua fascinação distorcida e doentia. Para sua raça, era luxúria, intensa e pura, e este tempo queria dizer tudo. Ela era a mulher que ele não devia ter e a única que procurou. Agora que estava aqui, ela teria que ficar.
Fechou seus olhos e por um breve segundo deixou que a culpa caísse sobre ele. Ela aceitou seu convite, mas não percebeu que não tinha nenhuma escolha no assunto. Não deu a ela uma sequer. Ela era um peão neste jogo, tanto quanto ele era.
Suas pálpebras errantes se abriram. Nenhuma sensação de culpa sobre algo que não podia mudar.
Ela parou na parte inferior da velha escada de pedra, no andar de baixo da janela onde ele estava em pé e deu a ele uma chance de olhá-la. Ela era jovem. Tinha celebrado seu aniversário de vinte e cinco anos alguns meses antes, logo antes de seu pai morrer. Um longo vestido floral caia sobre seu corpo esbelto e ia até o tornozelo. A pele de alabastro e o longo cabelo loiro completaram o retrato. Ele não podia ver seus olhos, mas sabia que eram azuis. Meia noite azul, como o oceano em um dia do inverno frio. Foram aqueles olhos que se desenharam primeiro para ele. A mulher tinha que lutar, uma ardente determinação, que despertou algo bem dentro dele.
― Eu a vi surgindo naquela passagem. Ela é adorável, não é?
Ele olhou por cima de seu ombro ao ouvir o som da voz de Ian atrás dele. Tentou ignorar o desapontamento que notou nos olhos verdes de Ian.