Capturada a Meia Noite - Lara Adrian
Sinopse
Em uma encruzilhada entre a morte e o desejo, uma mulher vai saborear um prazer ao que nenhum mortal pode sobreviver...
No árido e gelado Alaska, a ex-agente da polícia Jenna Darrow consegue sobreviver a um inexplicável evento que a deixa ferida em corpo e alma. Mas, sua fuga a coloca totalmente em um novo e enorme desafio. Estranhas mudanças estão acontecendo em seu interior e ela luta consigo mesma para tentar compreender — e controlar — a nova fome que surge. Para fazer isso, ela busca ajuda em Boston e em uma estirpe de antigos guerreiros vampiros cuja própria existência é por si um mistério. E possivelmente, o mais misterioso de todos eles seja Brock, um macho alfa de olhos negros e aspecto ameaçador cujas mãos têm o poder de reconfortá-la, curá-la... E fazer despertar à paixão. E enquanto Jenna se recupera sob os atentos cuidados de Brock, verá-se arrastada à nova missão da Ordem: deter um cruel inimigo e seu exército de assassinos de submeter à humanidade em um reinado de terror. Apesar da determinação de ambos para lutar contra seus sentimentos e deixar-se levar somente por uma relação física, Jenna e Brock muito em breve se verão envolvidos em um desejo muito mais selvagem que a vida e mais forte que a morte... Até que um segredo do passado de Brock e a mortalidade de Jenna submeterão o amor proibido que ambos sentem a uma última prova de fogo.
Prólogo
Capítulo Um
Vida... Ou morte?
As palavras passaram por ela na escuridão. Sílabas destacadas. A aspereza de uma voz chata,
sem ar fresco penetrando no pesado cochilo da sua mente e conseguindo que ela acordasse,
escutasse. Para fazer uma escolha.
Vida?
Ou morte?
Ela gemeu contra o chão frio sob sua face, tentando barrar a voz - e a decisão implacável que
exigia - da sua mente. Não era a primeira vez que ouvia essas palavras, esta pergunta. Nem a
primeira vez no espaço de algumas horas infinitas que abriu uma pálpebra pesada na calma frígida
da sua cabana e se encontrava olhando para a face terrível de um monstro.
Vampiro.
—Escolha. — A criatura sussurrou a palavra num assobio lento. Ele se agachou acima de
onde ela estava, enrolada e tremendo no chão perto da lareira fria. Suas presas brilharam no luar,
navalhas agudas, letais. As pontas ainda estavam sujas com sangue fresco - seu sangue, vindo da
mordida na sua garganta momentos antes.
Ela tentou se levantar, mas não podia despertar seus músculos enfraquecidos que se
dobravam em resposta. Tentou falar, conseguiu só um gemido áspero. Sua garganta estava tão
seca como cinza, sua língua grossa e apática na sua boca.
Fora, o inverno do Alaska rugiu, amargo e irreconciliável, enchendo seus ouvidos. Ninguém
para ouvir seus gritos, mesmo se tentasse.
Esta criatura podia matá-la num instante. Não sabia por que não o fez. Não sabia por que
continuava pressionando por uma resposta a uma pergunta que esteve fazendo a si mesma quase
a cada dia da sua vida nos últimos quatro anos.
Depois do acidente que tinha levado seu marido e a pequena menina.
Com que frequência tinha se lamentado por não estar morta junto com eles naquele trecho
frio da estrada? Tudo teria sido tão mais fácil, menos doloroso, se estivesse.
Podia sentir um julgamento silencioso na cintilação dos olhos inumanos que se
concentravam nela na escuridão agora, queimando brilhante, pupilas tão finas como as de um
gato. Marcas intricadas na sua pele seguiam por todas as partes da frente do corpo imenso da
criatura. O padrão desenhado parecia pulsar em cores violentas enquanto a olhava. O silêncio se
alongou enquanto ele pacientemente a examinava como faria com um inseto preso dentro de um
jarro de vidro.