Desafio Sombrio - Christine Feehan
Sinopse
Seria ela mais do que a sua companheira?
Julian Savage era de tez dourada. Poderoso. Mas atormentado. Pois o caçador caminhava sozinho. Sempre sozinho, afastado dos da sua espécie, até mesmo do seu gémeo Aidan. Como o seu nome expressa, a sua existência é selvagem. Até que encontre a mulher que jurou proteger… Quando Julian ouve Deseri a cantar, as cores do arco-iris explodem nos seus nervos. As emoções bombardeiam o seu coração endurecido. E uma fome escura de a possuir invade os seus sentidos, cegando para o perigo que o rodeia. E mesmo quando Desari lhe inflama o desejo, ela atreve-se a desafia-lo – com misteriosos e sem paralelos poderes femininos. Seria Desari mais do que uma companheira perfeita? Teria Julian encontrado a sua alma gémea, uma mulher à sua medida? Iria ela levá-lo à loucura… ou salvar-lhe a alma?
Prólogo
Julian Savage parou na esntrada da porta do bar. Tinha vindo a esta cidade, para uma última viagem, antes de escolher o descanso eterno dos Cárpatos. Quase um ancestral entre os homens de sua raça, havia passado séculos vivendo em um mundo cinzento e insensível. Vazio das cores intensas e das emoções conhecidas pelos homens e diferente dos Cárpatos que haviam encontrado uma companheira. Entretanto, tinha uma última meta a obter. Um encargo que havia solicitado, seu Príncipe Mikhail e depois poderia encontrar o amanhecer destruidor, com a mente tranqüila. Não que estivesse perto de perder sua alma, de converter-se em vampiro. Podia agüentar mais, se houvesse escolher viver assim. Era o vazio de sua vida, estendendo-se eternamente ante ele, que tinha ditado sua decisão.
Não podia rechaçar a tarefa. Nos longos séculos de sua existência, sentia que havia feito pouco a sua semi extinta raça. Era um caçador de vampiros, dos mais poderosos e bem conceituados entre sua gente. Mas sabia, como a maioria dos caçadores de êxito, que era o instinto assassino dos homens dos Cárpatos, nenhum talento especial, que o fazia tão brilhante em sua tarefa. Gregori, o maior curador de sua gente, o segundo homem depois do Príncipe, havia enviado mensagem para que ele advertisse à mulher que agora procurava, a cantora, de que o nome dela estava no topo da lista de uma sociedade fanática de caçadores de vampiros humanos, que com freqüência e equivocadamente, fixava seus objetivos em mortais de costumes estranhos, assim como a raça dos Cárpatos, seu zelo assassino.
A sociedade tinha noções muito primitivas dos costumes de um vampiro... Como evitar a luz do sol ou alimentar-se de sangue. Só o traduzira numa criatura perversa e sem alma, um não-morto. Julian e os outros, de sua raça, eram a prova vivente de que nada podia estar mais longe da verdade.
Julian sabia por que esta tarefa de advertir e proteger a cantora havia sido encomendada a ele. Gregori estava decidido a não o perder para o amanhecer. O curador notara o que Julian tinha em mente, compreendera que ele havia escolhido acabar com sua solitária existência. Mas também sabia, que uma vez que Julian desse sua palavra de proteger à humana desta sociedade de assassinos, não se deteria até que ela estivesse a salvo. Gregori estava comprando o seu tempo. Mas não lhe faria nenhum bem.
Julian havia passado por muitas vidas, século após século, afastado de sua gente, até de seu próprio irmão gêmeo. Era um solitário numa raça de homens solitários. Sua espécie, a raça dos Cárpatos, estava morrendo. Seu Príncipe tentava desesperadamente, encontrar formas de dar a sua gente, esperança. Procurar novas companheiras para seus homens. Procurar formas de manter vivas suas crianças, mantendo seu minguado número. Julian, entretanto, não tinha mais escolha, que permanecer sozinho, correr com os lobos, voar com os pássaros de predadores, caçar com as panteras. As poucas vezes que havia caminhado entre humanos, tinha sido, normalmente, para lutar em uma guerra que valesse a pena ou emprestar sua incomum força para uma boa causa. Mas tinha passado a maior parte de seus anos caminhando só, invisível, indetectável até para os de sua própria raça.