O Beijo da Meia-noite - Lara Adrian
Sinopse
Em uma terra selvagem, fria e mergulhada na escuridão, as linhas entre o bem e o mal; e o amor e o ódio nunca voltarão a ser as mesmas.
Algo desumano está espreitando os selvagens e frios territórios do Alaska, deixando uma horrível carnificina para trás. Para a piloto Alexandra Maguire, os assassinatos estão avivando lembranças de um horroroso episódio que testemunhou quando criança, e evocam nela a inexplicável sensação de que pertence a outro lugar, o que há muito tempo sentia dentro de si e que nunca pôde explicar... até que um sombrio e sedutor estranho que também esconde seus próprios segredos entra em seu mundo.
Enviado de Boston numa missão para investigar os selvagens ataques e parar a matança, o vampiro guerreiro Kade tem seus próprios motivos para retornar ao frio e esquecido lugar de seu nascimento. Assombrado por um segredo, Kade logo percebe a autêntica ameaça que enfrenta, uma ameaça que porá em perigo a frágil união que formou com a valente e decidida mulher que acorda nele profundas paixões e primitivas necessidades. E quando introduzir Alex em seu mundo de sangue e trevas, Kade deverá confrontar não só seus próprios demônios, mas também o mal que pode destruir tudo o que ele preza.
Prólogo
Prólogo
Sob o céu da Alaska durante um escuro inverno, os lobos uivavam majestosamente na noite. O uivo mostrava a beleza pura e selvagem que se escutava através das densas árvores do bosque e subia pelas inclinadas paredes rochosas cobertas de neve que elevavam-se com o passar do Rio Koyukuk. Quando o lobo enviou seu chamado inquietante de novo, foi alcançado por uma gargalhada, logo uma voz bêbada respondeu através das chamas de uma pequena fogueira.
—Ow-ow-owwoooo! Owwoooo!— era um dos três rapazes de um grupo que veio da festa dessa noite, em uma remota região da montanha. Levou uma de suas mãos à boca para poder uivar em resposta ao lobo, que tinha ouvido a distância. —Ouviu isso?— disse o menino que tinha uivado, —Estamos nos comunicando,— ele agarrou a garrafa de uísque que levou à festinha, e disse —Annabeth, alguma vez te disse que sou muito fluente no idioma dos lobos?
Do outro lado da fogueira, uma garota riu brandamente através do capuz de sua jaqueta.
—Me pareceu que você estava se comunicando no idioma dos porcos.
—Ooh, isto é duro, querida, muito duro. —Tomou um gole da garrafa e passou o Jack Daniels a pessoa seguinte, —Talvez queira uma pequena demonstração de minhas habilidades orais em algum momento. Prometo que sou muito talentoso.
—É um imbecil, Chad Bishop.
Tinha razão, mas seu tom não quis dizer isso, voltou a rir provocante, o som feminino fez que a entreperna de Teddy Toms ficasse apertada e quente. Moveu-se para uma rocha fria para sentar, tentando não ficar muito evidente quando nesse momento o interesse se desviou para Chad que gritou que tinha que ir mijar, Annabeth e a outra garota começaram a conversar.
De repente Teddy recebeu uma cotovelada no lado direito de sua caixa torácica —Vai sentar e babar a noite toda? Mova esse traseiro cagado e fale com ela, pelo amor de Deus.
Teddy deu uma olhada ao tipo alto e fraco sentado ao seu lado na rocha e sacudiu a cabeça.
—Vamos, não seja tão bicha. Você sabe que ela te deseja. Ela não vai te morder, bom, não a menos que ela queira,— Skeeter Arnold foi o que trouxe Teddy a esta reunião, também foi o que tinha subministrado uísque, algo que Teddy, na sua idade de dezenove anos, só havia provado uma vez em sua vida.