A Princesa dos Cajueiros - Artur Azevedo
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Prólogo
PRÓLOGO
Sala de gosto antigo e esquisito. Duas portas à direita e duas à esquerda. No fundo, um arco em toda a largura da sala. Depois do arco, uma grade, aberta no centro, para dar passagem para um bosque por uma escada que não se vê. À esquerda, um sofá.
Cena I
Cortesãos, depois o Doutor Escorrega, depois Um Pajem, depois El-Rei Caju e sua comitiva.
INTRODUÇÃO
CORO DE CORTESÃOS — Contentes, contentes
nós vamos ficar!
Ferventes, ferventes,
Sabemos amar
A bela rainha
Que o céu
Nos deu,
E que, coitadinha
‘Stá pra dar a luz
Um filho que há de ser um príncipe de truz!
O DOUTOR (Aparecendo à porta dos aposentos da rainha, à meia voz.)
— Senhores, não façam tamanho barulho,
Que nada de novo por ora não há...
CORO (À meia voz.) — Pois bem, não façamos tamanho barulho
Que nada de novo por ora não há...
O DOUTOR — Senhores, estamos a quinze de julho;
Há já nove meses que... trá lá rá lá!
CORO — Trá lá rá lá!
Trá lá rá lá!